A metamorfose é um princípio fundamental da Antroposofia. Goethe com suas pesquisas revelou a lei da metamorfose na natureza e Steiner aplicou esse princípio à alma humana.
Em 2013, Jonas Bach ministrou a palestra "Laboratório, Ateliê e Templo: Metamorfoses da Alma Micaélica" no Encontro de Micael na Sagres (Florianópolis-SC). Transformando em imagens a evolução do espírito (ciência, arte e religião), o autor criou uma trilogia.
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"Faço um passeio por diversas influências para chegar a este quadro-livro:
através de Schiller para alçar o impulso lúdico na própria formação das palavras;
através de Goethe para deixar surgir tudo primeiramente pela própria observação,
mantendo o fluxo da linguagem em statu nascendi
e explorando a versatilidade nas representações simbólicas para não estancar o fluxo da vida;
e através de Steiner mantendo uma visão tríplice do mundo interno.
A evolução da vida se expressa na metamorfose dos seres vivos. Os passos de uma evolução futura dependem da humanidade e são ensaiados em cada um de nós. O poder de uma planta em transmutar uma folha em flor é o exemplo de transcendência na matéria que a natureza empresta ao ser humano.
A busca por esse poder na vida individual é aprender a ser uma pessoa que descobre
o sagrado no viver através da construção do templo interior na sua alma."
Ciência - Laboratório da Metamorfose da Alma (PUBLICADO)
Arte - Ateliê da Metamorfose da Alma (FUTURO LANÇAMENTO)
Religião - Templo da Metamorfose da Alma (LANÇAMENTO 2021)
"A alma templária, enquanto sacralizadora, vive o sentido de ser um templo existencial.
Natureza era o templo do passado, o local onde os espíritos eram cultuados.
Igreja é o templo tornado fábrica, máquina de fazer fiéis.
O tempo da máquina destrói o templo do tempo. O tempo é sagrado,
nele vive a alma templária. O tempo é o ouro da vida,
um ouro invendável, mas desvendável."
Seguindo a linha dos Mistérios na Antiguidade, o Templo de Salomão possuía a missão de sua época: ser a manifestação da sintonia entre corpo arquitetônico e corpo humano, cuja mútua congruência geométrico-estrutural formava uma estrela sonora guia às almas que precisavam preparar a transição dos tempos.
Após o Mistério do Gólgota, como consumação pública dos Mistérios, o princípio iniciático assume duas vertentes, a das Lojas representada pela senda de João e a do catolicismo com o caminho de Pedro. Adequando-se à constituição da alma medieva, o princípio iniciático é metamorfoseado pelos Templários que aram o solo para os grandes desdobramentos da cultura.
Na era micaélica moderna, os Novos Mistérios são uma necessidade evolutiva da alma da consciência e foram fundados por Rudolf Steiner no Congresso de Natal de 1923. Dentro dos Novos Mistérios, o Templo sonoro existe enquanto soa, como expressão temporal, vive como estrela no peito de quem profere a Palavra.
